22 de maio de 2016

1 - Aos meus filhos

Meus filhos,

Não sei quantos vocês serão. Não sei se um dia poderei tê-los, embora os deseje muito. Não sei se serão de sangue ou de coração, só tenho a certeza de que os amei, muito antes de existirem.

Há alguns meses planejo começar a escrever para vocês, por que acredito que o que deixamos nessa vida são os nossos feitos e nossos pensamentos registrados. Perdi recentemente dois avós que gostava muito e tudo o que ficou deles foi a lembrança dos momentos que passamos juntos, e que tenho receio de que se apaguem da minha memória (que não é das melhores, confesso). Um deles era escritor, e por causa de tudo o que ele escreveu em vida, poderei tê-lo por mais tempo e compartilhar suas experiências de vida e pensamentos com vocês, que serão meus herdeiros. Inspirada nisso, também desejei que me conhecessem profundamente, e por isso os deixo estas cartas.

Desejo que ela seja uma espécie de diário oculto, daqueles que apresentamos somente a algumas pessoas. Ele será aberto para a internet, para que possa inspirar outros pais e mães, mas, entre os mais próximos, espero que somente vocês e seus descendentes o conheçam (se um dia os desejarem), pois aqui quero falar-lhes sobre meus pensamentos mais profundos, e não gostaria de ser julgada, hoje, por isso.

Estou muito feliz por ter começado. Que seja próspero e duradouro.

Obrigada por estarem comigo.

Sua mãe, R.

{Lição} O começo sempre precisa de um empurrão. E às vezes ele dói.

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